quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

O ANO DA SERPENTE

De acordo com os chineses, esse será o ano da serpente. Que significado terá isso em nossas vidas?
Desculpem-me os crédulos, mas eu não acredito em nada disso, muito menos que a passagem de um dia na folhinha do calendário terá um poder transformador, concretizará sonhos, modificará nossas realidades.
Não gosto de comemorar o Ano Novo; não me diz nada. Durmo e acordo igual, nenhuma mágica aconteceu com as doze badaladas. Não amanheci mais bomita, mais inteligente, mais rica, mais poderosa. Despertei tal qual era na véspera, só mais cansada, pois dormi mais tarde que o habitual, com os ouvidos em pandarecos de tanto espocar de foguetes. Não faço listas (nunca cumpridas, por sinal) de coisas que gostaria de fazer no ano que se inicia. Não planejo nada de específico. Minhas metas continuam as mesmas, o importante para mim é continuar vivendo. O que tiver que vir, virá, inexoravelmente. Se coisas boas, ótimo! Que sejam bem vindas. Se agruras chegarem, na hora veremos o que fazer com elas. Em nenhum momento acredito que a vida pode ser fragmentada por uma data. A vida é simplesmente a vida e segue seu curso sem precisar que um número determine o modo como vamos levá-la. Aprendi a não ter medos de serpentes, portanto, se elas tiverem peçonha, o que me resta é esmagá-las na cabeça, como diziam os antigos. Se for uma cobrinha d'água, inofensiva, deixo que ela siga seu caminho em paz, Pensando melhor, vou esmagar a cabeça de nenhuma não. Vou mais é mandá-la para o Instituto Butantã para que eles façam um bom uso de seu veneno. De toda maneira, para não me tacharem de chata, de desiludida ou qualquer coisa que o valha, desejo a todos e a mim também, que cada dia seja realmente um DIA NOVO;
que a cada meia-noite possamos comemorar com champagne (francesa, de preferência); que no primeiro segundo do novo dia que se inicia, o céu se cubra de lindos fogos de artifícios, porque afinal todos os dias são novos e cheios de esperanças.

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